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quarta-feira, 31 de março de 2010

pensando...


E o primeiro trimestre de 2010 já se foi. Assim como ele já se foram o Danilo e minha madrinha Zulmira. Ela descansou de um final de vida de muito sofrimento físico, e ele, com certeza de muito sofrimento emocional, psicológico. Não dá pra explicar o que se sente quando se passa pela experiência de perda de uma maneira tão brutal. Todos os envolvidos, de alguma forma se sentem culpados ou tentam culpar alguém. Nínguém consegue passar por isso sem ter algum tipo de reação. Presenciei nos últimos tempos as mais diversas reações, chorei muito, discuti, consolei, fui consolada... tudo aconteceu tão inesperadamente... Ao mesmo tempo da maneira como aconteceu, será que poderia ser possível não termos percebido como era claro que isso iria acontecer a qualquer momento!!!?????

Mas passados 2 meses, a vida vai retornando a seu normal, a dor ameniza e é espantoso como nos recuperamos rápido quando o dia a dia não nos dá tempo para pensar. Ás vezes me assusto e me pergunto se não deveria estar sofrendo mais, se realmente consegui mostrar a ele em vida o quanto o amava e principalmente se eu o amava o suficiente.

Tenho o alento de saber que ultimente fiz questão de mostrar que sim, eu o amava, repetindo para que ele soubesse, mas parece que isso ainda não é o suficiente, nem sei porque.

E o que aprendi com isso? Aprendi que devemos sempre demonstrar e deixar que saibam
o que sentimos, que é nossa obrigação dizer EU AMO VOCÊ sempre que sentirmos vontade, pois amanhã pode ser tarde mesmo!!! Que isso não é apenas algo que acontece com os outros, um dia esse outro pode ser você, e aí, não há mais o que fazer.

Mas tenho uma reclamação: Por que você não me deu chance de falar com vc pela última vez? Por que falou com a mãe, a Ija e o Pauli e não falou comigo??? Será que ficou esperando resposta para aquele e-mail que não respondi??? Por que vc não se abriu comigo??? Sempre fui lenta pra perceber essas coisas, você poderia ter sido mais claro, não é??? Tudo bem, sei que ainda vamos nos reencontrar algum dia em algum lugar e que aí tudo poderá ser diferente.

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