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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Reflexos



Eu não poderia ter escolhido um nome melhor para esse blog. É óbvio que tudo o que escrevo aqui é reflexo do que sinto, penso ou vivo.
Ultimamente ando sumida, sem tempo nem vontade de escrever; parece que não há nada que me impressione,anime ou desafie o suficiente para ser registrado. O que impera é o cansaço, perco a hora de levantar, abandonei a dança e nos finais de semana só quero hibernar!!
Ando trabalhando bastante, aprendendo muito, aceitando novos desafios, mas confesso: às vezes paro e penso - prá que??? Parece que quanto mais busco, mais me sinto parada, e mesmo conseguindo perceber que estão aparecendo resultados, me desespero porque o meu tempo quer ser mais ligeiro.
Os reflexos do que sinto, penso e faço estão por todos os lados, mas porque será que tenho a sensação de que ninguém percebe? Por que será que sinto que estou parada no meio do caminho? Onde está aquela Ana Lúcia cheia de coragem de fazer a diferença?
Será que meus atos irão refletir o mundo de tal forma que possa, de fato, fazer alguma diferença???
Espero que sim!!!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

About dreams...

Fiquei olhando para o computador, tentando arrumar inspiração para escrever, mas ela não chegou, pensei em N coisas pra dizer mas não gostei de nada, até que me deparei com a letra de uma música bem antiga que, na minha opinião diz muito!
Então, ai vai uma pequena parte, que é a que importa no momento.


Some people live their dreams
Some people close their eyes
Some people's destiny
Passes by

There are no guarantees
There are no alibis
That's how our love must be
Don't ask why.

Toto - I'll Be Over You

domingo, 3 de abril de 2011



Deus, me ajude a manter a minha grande boca fechada até que eu saiba do que estou falando!


Não direi:


Que o silêncio me sufoca e amordaça.

Calado estou, calado ficarei,

Pois que a língua que falo é de outra raça.



Palavras consumidas se acumulam,

Se represam, cisterna de águas mortas,

Ácidas mágoas em limos transformadas,

Vaza de fundo em que há raízes tortas.



Não direi:

Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,

Palavras que não digam quanto sei

Neste retiro em que me não conhecem.



Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,

Nem só animais bóiam, mortos, medos,

Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam

No negro poço de onde sobem dedos.



Só direi,

Crispadamente recolhido e mudo,

Que quem se cala quando me calei

Não poderá morrer sem dizer tudo.



[José Saramago]